Expresso Patna-Benares

O que quer que seja, seja quem for
O maldito homem canta somente
Por mais que morra
Andou em vagões de trem
Acordou na aurora, na luz branca de um novo universo
Não poderia fazer nada diferente
Ele, o esqueleto com olhos
levantou-se de um banco de madeira
parecia diferente olhando para os campos e palmeiras
sem dinheiro no banco de poeira
nenhuma nação, mas inexprimíveis nuvens cinzentas antes do nascer do sol
perdeu os seus cartões de identidade na mochila
no prosaico riquexó perto de Maidan na seca Patna
Mais tarde, acordou desesperado de um sono embriagado
a boca seca na Estação Ferroviária 
entre engraxadores dormindo de tanga no cimento sujo
Demasiados corpos invadindo agora essas cidades 




Planet News: to Europe and Asia (1961-1963)
Collected Poems 1947-1997
© 2006 Allen Ginsberg Trust
(HarperCollins Publishers e-books)
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa  

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