Credo

Quero viver o estado de “sabedoria co- emergente”, uma antiga noção tântrica assemelhando-se à "capacidade negativa". No entanto, desse mesmo olho vem a nova busca e convicção. Poderia cantar e dançar, a ambiguidade de "ambas, ambas." A marca registrada da nossa revolução linguística neste e além século é que o significado não é simplesmente algo "expresso" ou reflectido em linguagem, mas na verdade é PRODUZIDO por ela. Vivo dentro da linguagem da minha criação, a tua criação. Não estou interessada na língua da mente discursiva que se liga aos belos incrementos da experiência. Estou interessada em telefones e fonemas da experiência, na linguagem do momento, não do conceito da minha experiência. Ou do tua.  As preocupações imediatas são o amor - bodicita (ou ternura) e prajna (conhecimento - de tipo experiencial).  Como mulher, sou para sempre um adorno do espaço vazio. Vestindo & despindo. Colocando & tirando. Forma & vazio.  "A vida não parece valer a pena ser vivida a menos que estejamos do lado da transformação da energia" (Gary Snyder) vibra para mim diariamente. Uma poética & política corporal, neste momento. Cada sílaba é consciente. Então aproveita a possibilidade de estar vivo na obra & como intérprete dela & com outros na comunidade de praticantes do corpo que pensam da mesma maneira. Precisamos de mais instrumentos de discurso, reuniões regulares da tribo. Os demónios aí dentro precisam de ser expulsos, assim como os terroristas em Washington, ou onde quer que seja. Poética global. Ao que tudo indica, este é apenas o começo da Idade das Trevas pós-moderna, logo, mais luz! Mais poemas! Mais luz!





Anne Waldman


Selected Poems of Post-Beat Poets
Edited by © 2008 Vernon Frazer
Shanghai Century Publications, China
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa 

Outros poemas

Ah Guerra

Lamento do Esqueleto ao Tempo

Carta Revolucionária #93

Uma Rosa Imaginária num Livro

A Voz do Rock

Ode ao Fracasso

Universos Imaginários

Ao Corpo

Conforme a Yeats

Atrás de Almas Mortas