Somos

os nossos próprios fantasmas
caminhando nesta terra
com uma fachada de vida
de déjà vu em cada
canto atrás de cada
porta de baixo de cada
lençol que se ergue para
revelar a luxúria esquelética
e soprar para fora as cinzas
do descontentamento
a janela deixada aberta
pela esperança Não vivemos
a realidade, mas as nossas
fantasias enredadas
em cenários habitados
por espectadores inocentes
projectando as suas próprias
sombras na escuridão
pegajosa que confundimos
com o dia acreditando que
as estrelas realmente brilham
e o vento não é
a nossa própria respiração
Os nossos olhos focados em R.E.M.
e pensamos em arco-íris
O dia a dia é um fluido indefinido
vazando como uma baba
das bocas sonolentas para
travesseiros de algodão que sujam
cada memória imaginada e o
amanhã simplesmente nunca vem
como um relógio vigiado como
um excesso de cozinheiros na
cozinha como o cheque no correio




Cheryl A. Townsend


Selected Poems of Post-Beat Poets
Edited by © 2008 Vernon Frazer
Shanghai Century Publications, China
Versão Portuguesa © Luísa Vinuesa 

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